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Os efeitos do o álcool na vida dos dependentes

Segundo a gerente do CAPS-ad, Estela Cordovil, cerca de 60 pessoas que são internadas por intoxicação de substâncias como cocaína e inalantes 40 delas é por embriaguez alcoólica.

Marcelo Torres/Assessoria/Sesacre

Alcoolismo é um conjunto de problemas relacionados ao álcool. Quando o indivíduo ingere essa substância em excesso e periodicamente é classificado como alcoólatra ou dependente químico.

Para atender pessoas com problemas decorrentes do uso abusivo de álcool e prestar atendimento as pessoas com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas, foi implantado no Acre, em 2002, o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS-ad).

O CAPS-ad é um serviço ambulatorial que integra uma rede de atenção em substituição à internação psiquiátrica e que tem como princípio a reinserção social. Realizam ações de assistência, medicação, terapias, oficinas terapêuticas, atenção familiar, e de prevenção e capacitação de profissionais para lidar com o paciente.

Segundo a gerente do CAPS-ad, Estela Cordovil, cerca de 60 pessoas que são internadas por intoxicação de substâncias como cocaína e inalantes 40 delas é por embriaguez alcoólica.

Quando a pessoa chega ao hospital com um grau de intoxicação aguda, ela fica internada durante 15 dias e passa por um processo de desintoxicação a base de medicamentos e apoio psicológico. Após esse procedimento, o paciente é encaminhado às entidades relacionadas para darem continuidade ao tratamento.



“O abuso do álcool ocasiona muitos efeitos negativos na saúde. Entre os mais comuns estão à diminuição da coordenação motora, perda de reflexos, danos cerebrais, desnutrição, além de evoluir para outras doenças, por exemplo, hepatite, cirrose, gastrite e úlcera”.

“Além disso, a vida social dos alcoólatras também é afetada. No trabalho, o indivíduo não consegue exercer suas funções e acaba perdendo o emprego. Em casa torna-se agressivo perdendo assim os seus afetos”, completa Estela.

O pedreiro J. F. ,52 anos, foi dependente do álcool por mais de 25 anos. Começou a beber na juventude como única forma de descontração, sem achar que isso poderia se tornar um vício.

“No começo, minha mãe me alertava, mas eu não estava preocupado com o que ela dizia. O tempo foi passando e cada vez mais me afundava no alcoolismo. Deixei de estudar e trabalhar. Quando casei, quem passou a sofrer com o meu vicio foi a minha esposa, até chegar ao ponto de nos separarmos. Hoje abandonei o álcool e conquistei um emprego, mas não é fácil ser dependente de uma droga e conseguir parar, passei por várias internações e tratamento de desintoxicação, e a partir do apoio psicológico que recebi nas unidades de saúde, foi dar conta de que tinha que acabar com aquele flagelo em minha vida, e hoje me considero um ex - alcoólatra ”, relata João.

Em Rio Branco, o grupo conhecido como Alcoólicos Anônimos (AA), que trata de pessoas compulsivas por álcool, completa 31 anos no domingo, 27, e prepara uma programação com palestras de ex-dependentes, ministradas na sede do AA, das 8 às 17h.

De acordo com a coordenação do AA, em média são atendidos grupos de 5 a 10 pessoas por reuniões totalizando cerca de 100 pacientes por mês.

Para participar do grupo de apoio basta se dirigir ao escritório do grupo para encaixar-se num horário, lembrando que o anonimato é preservado. A maior dificuldade encontrada por quem começa a freqüentar os Alcoólicos Anônimos é entender que o alcoolismo compulsivo é uma doença, mas existe tratamento e também pode ser prevenido.

Os interessados em comparecer as reuniões dos AA podem contatar pelo telefone (68) 3224-9449 ou se dirigir ao escritório localizado na Rua Coronel José Galdino, 289, Bairro Bosque.
http://www.noticiasdahora.com/acre/5493-os-efeitos-do-o-alcool-na-vida-dos-dependentes.html

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