Site Cultural de Feijó

Site Cultural de Feijó

Acre deve produzir preservativo com lubrificante à base de óleo vegetal

Com o apoio do Ministério da Saúde (MS), Fundação Osvaldo Cruz (FioCruz) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) se dedica, desde 2008, a um projeto de pesquisa para criação de lubrificante à base de óleo vegetal para preservativos também produzidos no estado, na fábrica de camisinha Natex, localizada em Xapuri. Após seis anos de estudos, os pesquisadores chegaram a um produto que será o primeiro da instituição a ser patenteado.
“A pesquisa está concluída em todos os seus aspectos legais previstos pela Anvisa. Já foram feitos testes clínicos e o produto está pronto para ser desenvolvido”, afirma a farmacêutica e doutora em Biotecnologia Silvia Basso, que coordena o laboratório de produtos naturais da Funtac e foi responsável pela pesquisa.
Ela explica que a Amazônia possui diversas palmeiras, entre elas o buriti, o açaí e outras oleaginosas como a castanha e o cupuaçu. “A importância desses óleos da Amazônia não é só para os produtos cosméticos, mas também para a fábrica de preservativo”, comenta.
“A ideia é um pouco isso, agregar valor ao produto da floresta e gerar renda para as famílias tradicionais”, afirma o diretor da Funtac, Luiz Mesquita. “Na verdade é um produto que a gente acha que é novo. Não existe no mundo um lubrificante para preservativo à base de óleo vegetal. Geralmente é um óleo sintético, um fluído de silicone, que é um dos insumos mais caros na produção da camisinha”, destaca.

Segundo Mesquita, a instituição se dedica tradicionalmente em pesquisa na área florestal. "O produto natural, que a gente trabalha basicamente com óleo vegetal, é uma das linhas que desenvolvemos aqui. De uma maneira geral, temos focado no desenvolvimento de produtos para fins de cosméticos. Sempre buscando fazer pesquisa aplicada que sirva a sociedade e pode ser transformado em produto de mercado, que é o mais difícil”, comenta.
Pesquisadora diz que idéia é agregar valor ao produto da floresta  (Foto: Rayssa Natani/G1)
Pesquisadora diz que idéia é agregar valor ao produto
da floresta (Foto: Rayssa Natani/G1)
“No caso da camisinha, foi um trabalho feito junto com o Ministério da Saúde, que quando financiou a construção da fábrica de preservativos Natex, também enviou recurso para a pesquisa”, conta. Ainda segundo Luiz, o próximo passo é desenvolver um ‘retardante’ para o preservativo. “Também com um princípio ativo vegetal da flora amazônica. O desafio depois será transformar em produtos de mercado e gerar recursos para a instituição", finaliza.
http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/04/acre-deve-produzir-preservativo-com-lubrificante-base-de-oleo-vegetal.html

Deixe um comentário

Nenhum comentário:

Imagens de tema por compassandcamera. Tecnologia do Blogger.