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Nobel' de matemática contrasta com baixo índice de aprendizado no Brasil

Na terça, Artur Ávila se tornou o 1º brasileiro a ganhar a Medalha Fields. Formação do carioca foi toda no país, que amarga baixos índices na área.
Ana Carolina Moreno e Paulo GuilhermeDo G1, em São Paulo
O brasileiro Artur Ávila com a Medalha Fields e o aprendizado de matemática noBrasil (Foto: Weber Sian/Jornal A Cidade/Divulgação/EMS)O brasileiro Artur Ávila com a Medalha Fields e o aprendizado de matemática noBrasil (Foto: Weber Sian/Jornal A Cidade/Divulgação/EMS)
Na terça-feira (12) o pesquisador carioca Artur Ávila Cordeiro de Melo se tornou o primeiro brasileiro a receber a Medalha Fields, considerada por acadêmicos dos Estados Unidos e Canadá como a principal premiação da matemática, equivalente ao Prêmio Nobel. A conquista deste matemático de apenas 35 anos, que fez a graduação, o mestrado e o doutorado no Brasil, contrasta com os baixos índices de proficiência dos estudantes brasileiros em matemática no ensino fundamental e ensino médio.
A realidade na educação básica, no entanto, está muito distante do nível de excelência de Ávila e de outros jovens estudantes que colecionam medalhas em olimpíadas do conhecimento. Ao mesmo tempo em que tem seu 'Nobel' e outros campeões em matemática, o país ocupa as últimas posições do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês) nesta área de conhecimento. Além disso, apresenta uma enorme diferença entre as notas mínimas e máximas da prova de matemática do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo dados da Prova Brasil, apenas 12% dos adolescentes terminam o ensino fundamental sabendo o esperado para aquela idade em matemática.
Veja no vídeo ao lado a trajetória do matemático Artur Ávila
O aprendizado em matemática tem uma característica diferente de outras disciplinas. O conteúdo é contínuo, como num videogame: quem não aprende direito a disciplina no primeiro ano, vai saber menos ainda no segundo, e pior ainda no terceiro.
 No Brasil, o aprendizado de matemática nas escolas públicas e privadas avançou nos últimos anos, mas o desempenho geral ainda deixa o país entre os últimos colocados do Pisa. Em matemática, o país caiu da 57ª para a 58ª posição entre 2009 e 2012, de um total de 65 países avaliados.



Os recordes negativos do Brasil em matemática não aparecem apenas quando comparados com os resultados de outras partes do mundo. Na comparação com língua portuguesa e ciência, a matemática também sai perdendo: apesar da evolução em cinco edições do Pisa, a nota dos alunos de 15 anos em matemática continua sendo a mais baixa de todas as áreas: 391, contra 410 em leitura e 405 em ciências. Por isso, a média do país caiu para 402 pontos.
Na questão específica do uso de raciocínio para a resolução de problemas de matemática aplicados à vida real, o Brasil também ficou para trás, ocupando a 38ª posição entre 44 países avaliados pelo Pisa.
Em outras avaliações e indicadores educacionais, a pontuação de matemática também repete a situação de atraso em relação a outras áreas. Na Prova Brasil 2011, só 12% dos estudantes no 9º ano do fundamental mostraram que possuem o aprendizado adequado de resolução de problemas para o nível de ensino –291.989 de 2.481.059 aluno
g1

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