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Medo de reação causa baixa procura por vacina contra HPV no Acre

'Sei a importância, mas quando vi as reações decidi não levá-la", diz mãe. Menos de 30% das adolescentes tomaram 2ª dose da vacina.

Iryá RodriguesDo G1 AC
Vacina contra o HPV (Foto: Iryá Rodrigues/G1)Mãe diz que ficou com receio de possíveis
reações da vacina (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
Das 25.524 adolescentes entre 11 e 13 anos que deveriam ter sido imunizadas contra o Papilomavírus Humano (HPV) na 2ª fase da campanha no Acre, apenas pouco mais de 7 mil meninas foram vacinadas, ou seja, menos de 30% do público-alvo. O medo das possíveis reações causadas pela vacina, como desmaios e pressão baixa, foi um dos responsáveis pela baixa procura, segundo a coordenação local da campanha.
É o que confirma a professora Alcineide Roque Quintela, mãe da adolescente Ana Sara, de 11 anos. Segundo ela, não permitiu que a filha tomasse a vacina com receio de ser prejudicial à sua saúde. "Sei a importância da vacina, mas quando vi as reações decidi não levá-la ", afirma.
A segunda fase de vacinação contra o HPV teve início no dia 1º de setembro, mas tem recebido resistência por parte das mães e adolescentes com receio das reações que possam vir a ter após tomar a vacina.
"Resolvi não deixar depois que eu vi a postagem de uma menina que após tomar a vacina ficou cheia de caroços pelo corpo. A campanha foi lançada e vimos que tem o objetivo de prevenir o câncer, mas quando começou a aparecer as reações não vi ninguém rebatendo isso", diz Alcineide.
Ainda segundo Alcineide, faltaram informações por parte da campanha e da própria escola onde estava sendo oferecida a vacina. "Não teve nenhuma orientação para que a criança não venha a ter as reações da vacina, depois fiquei sabendo que após tomar, a menina precisa ficar durante um tempo sentada, sem fazer grandes esforços, mas isso não foi orientado", critica.
A pré-adolescente Camilli Nunes Rodrigues, de 11 anos, disse que após tomar a primeira dose da vacina não sentiu nenhuma reação, mas algumas semanas antes de iniciar a segunda fase da campanha foram divulgados nas redes sociais vários casos de meninas que tiveram reações por conta da vacina. Por esse motivo, ainda não tomou a 2ª dose.
"Vi em reportagens e informações nas redes sociais que uma menina do Acre teve reações após tomar a vacina, ficou sem sentir as pernas, por isso eu fiquei com medo de acontecer a mesma coisa comigo e decidi junto com minha mãe que não iria tomar a segunda dose da vacina", conta Camilli.
A adolescente conta ainda, que suas amigas da escola tomaram a segunda dose da vacina e não tiveram reações. "Já que minhas colegas não sentiram nada com a vacina eu pretendo ir ao posto para tomar, pois eu sei que é muito importante para prevenir o câncer", conclui.

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