PT conquista posição inédita na Aleac
Em fevereiro, o deputado estadual mais votado do Acre nas últimas eleições assume a presidência da Assembleia Legislativa. Mas, não foi a performance nas urnas que referendou a futura condição de Ney Amorim.
A credencial está na sigla PT e, em último plano, no fato de já ter tido experiência na administração do Parlamento como Primeiro-secretário. Com Amorim, o PT chega à inédita condição de sentar na cadeira mais alta da Aleac.
Não que não tivesse força política para conquistar o espaço. Mas, porque os parlamentares petistas sempre cederam aos aliados por uma questão de “composição política” planejada nas pranchetas do Palácio Rio Branco. O PT assinava sempre o segundo cargo: primeiro-secretário. Foi assim com Juarez Leitão, Ronald Polanco, Taumaturgo Lima e com o próprio Ney Amorim.
No longo prazo, Amorim tem dois alvos que os 10,2 mil votos lhe permitem reivindicar: o alvo mais imediato é a sucessão de Marcus Alexandre na Prefeitura de Rio Branco. O segundo (e mais ousado) é a sucessão de Tião Viana.
Há teses para todos os gostos. Mas, partiu da boca do próprio governador a intenção de passar a faixa governamental para Marcus Alexandre em uma conversa reservada junto a assessores. Se a vontade do governador tiver alguma influência, já é possível ter algum grau de certeza. Mas, claro, em política, tudo pode mudar.
Há outra tese de que Viana pode se afastar com um ano de antecedência, deixando a fiel escudeira Nazaré Lambert assumindo até o final do mandato para que o irmão do governador, o senador Jorge Viana, dispute. Nesse caso, Tião sairia ao Senado.
O outro cenário tem Ney Amorim como alternativa, referendado pela expressiva votação do último outubro. Foi bem votado, inclusive no interior, mostrando capilaridade e articulação políticas.
São possibilidades que serão modificados pelo diapasão da economia do país e do Acre nos próximos dois anos. Mas, de uma maneira ou de outra, o poder que o presidente da Assembleia tem permite se chegar a eleitores em mais lugares. Em bom acreanês: a politicagem chega mais “de com força”.
