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Com mais de 5 mil desabrigados pela cheia, Rio Branco decreta calamidade

Campanha 'Acre Solidário' reforça pedido de doações aos desabrigados.
Bairros mais atingidos são: 6 de Agosto, Baixada do Habitasa e Taquari.

Janine BrasilDo G1 AC
Calçadão da Gameleira foi interditado por causa da cheia do Rio Acre (Foto: Rose Farias/Secom)Calçadão da Gameleira foi interditado por causa da cheia do Rio Acre. Foto tirada neste domingo (1) (Foto: Rose Farias/Secom)
Com mais de 5 mil pessoas desabrigadas pela cheia do Rio Acre em Rio Branco, o prefeito da capital acreana, Marcus Alexandre, decretou, na manhã deste domingo (1), estado de calamidade pública. O rio está com o nível de 17,47 metros, na medição das 11h, segundo informou a Defesa Civil Estadual. Normalmente, o Rio Acre na capital apresenta o nível de seis a oito metros e pode chegar abaixo de três em períodos de seca. O Rio Acre está a 20 centímetros da cota histórica de 1997, que é de 17,66 metros.
Há quatro anos Evania Martins, de 25 anos, fica desabrigada devido às cheias do Rio Acre. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Abrigo público construído no Parque de Exposições
já atingiu a cota máxima de abrigos. Foto tirada no
sábado (28) (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
O governo do Acre e a Prefeitura de Rio Branco construíram, ainda no sábado (28), mais um abrigo público, localizado no Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat) com capacidade para 300 famílias. Para o local já foram levadas 66 famílias, um total de 229 pessoas. Um terceiro abrigo, com capacidade para receber mais 100 famílias, foi construído no Serviço Social do Comércio do Bosque (Sesc). O abrigo público construído no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco já atingiu a cota máxima de pessoas e abriga 1395 famílias, um total de 4933 pessoas. Dos 212 bairros existentes na capital acreana, os 24 que ficam às margens do rio já foram atingidos pelas águas do Rio Acre.
Cheia do Rio Acre já fez primeira vítima
Neste sábado (28), a enchente do Rio Acre fez sua primeira vítima fatal, em Rio Branco. A inspetora de escola Fátima Lima de Moura, de 64 anos, morreu após receber uma descarga elétrica na Rua Tião Natureza, no bairro Palheiral, um dos atingidos pela cheia do Rio Acre. A vítima saía da casa da filha e teve contato com a água que invadiu o quintal.

A Eletrobras Distribuição Acre emitiu na tarde deste sábado nota de alerta sobre a necessidade do corte de fornecimento de energia elétrica nas áreas afetadas pela cheia do Rio Acre e seus afluentes em Rio Branco. Segundo a nota, tal medida é adotada devido o risco de ocorrência de acidentes envolvendo energia elétrica. A distribuidora pede para que os moradores evitem manusear equipamentos elétricos e não façam ligações provisórias até a chegada das equipes da Defesa Civil.
O prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, pede a compreensão das pessoas em relação ao desligamento de energia. "O desligamento de energia se faz necessário para garantir a segurança de todas as pessoas que estão em locais atingidos pela cheia do Rio Acre", alertou.
Campanha
O governo do Acre iniciou no dia 23 a campanha para arrecadar doações para a população dos municípios atingidos pela recentes enchentes dos rios acreanos. A ação faz parte do movimento "Acre Solidário", encabeçado pela primeira dama do estado, Marlúcia Cândida. O foco da campanha é arrecadar alimentos não perecíveis, com destaque para o leite em pó e massa para mingau, além de outros itens, como fraldas descartáveis, roupas e calçados.

Na capital, os donativos podem ser entregues na Central de Serviço Público (OCA), na Avenida Brasil; Palácio das Secretarias; Quartel da Polícia Militar; Casa Civil; Igreja Batista do Bosque; Supermercados Araújo do Tangará, Aviário, Izaura Parente e Via Chico Mendes; Secretarias e autarquias estaduais.

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