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Empresário vítima de assalto terá que pagar R$ 344 mil à família de PM morto no que fazia segurança do mesmo

Policial foi morto no dia 30 de dezembro durante assalto à casa de empresário.
‘Esse dinheiro é para a gente continuar com os estudos’, diz filha de PM.

Tácita MunizDo G1 AC
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PM Marcos Roberto morreu com um tiro nas costas durante assalto em Cruzeiro do Sul (Foto: Arquivo Facebook)PM Marcos Roberto morreu com um tiro nas costas
durante assalto em Cruzeiro do Sul
(Foto: Arquivo Facebook)
O empresário João Célio Gonçalves Gaspar, conhecido como João Garapa, foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 344 mil à família do policial militar Marcos Roberto Araújo do Nascimento por danos morais. O PM trabalhava para Garapa e morreu após ser baleado durante um assalto à casa do empresário. O valor foi definido após um acordo judicial, firmado na Vara do Trabalho de Cruzeiro do Sul-AC, distante 648 quilômetros de Rio Branco. No acordo, Garapa deve pagar até segunda-feira (9) a primeira parcela de R$ 20 mil e as próximas 82 no valor de R$ 4 mil.
De acordo com a filha do PM, Amanda Uchoa, de 18 anos, o valor pedido pela família é para custear os estudos que eram mantidos pelo pai. “Meu pai começou a trabalhar com esse bico para pagar nossos estudos. O sonho dele era ver a gente formado e queremos dar prosseguimento a esse sonho. Entramos com o processo para garantir nossos direitos, tanto que o valor acordado serve para custear a faculdade do Fernando e a minha. Quando nos formarmos vamos nos responsabilizar pelos estudos do mais novo”, explicou.
Os dois filhos do PM estavam na cidade para acompanhar a audiência. De acordo com a família, após a morte do policial, eles só conseguiram retornar para dar seguimento aos estudos através da ajuda de outros PMs e também de familiares. “O valor que pedimos não foi para  enriquecer, mas sim para dar continuidade aos nossos estudos, que era algo que o nosso pai dava suporte. Após a morte do meu pai, ninguém sabia se ia voltar, se continuaria o semestre, só depois de algumas pessoas ajudarem, conseguimos voltar”, completou a filha.
A família garante ainda que está satisfeita com a homologação do acordo, tendo em vista que os dois filhos do policial terão a possibilidade de continuar os estudos. Mensalmente, o valor acordado entre o empresário e a família terá que ser depositado na conta da viúva Simone Uchoa, que ficará responsável pela divisão do valor entre os filhos que também são parte da ação.
G1 tentou entrar em contato com o empresário João Garapa, mas foi informado que ele não se posicionaria sobre o assunto.
Entenda o caso
O policial militar Marcos Roberto Araújo do Nascimento, de 43 anos, morreu na noite do dia 30 de dezembro de 2014, após ser baleado durante um assalto à casa do empresário João Célio Gonçalves Gaspar, conhecido por João Garapa, em Cruzeiro do Sul. O policial foi alvejado com um tiro nas costas, que atingiu o pulmão. Ele chegou a ser levado ao Pronto-Socorro, mas não resistiu e morreu na sala de cirurgia.

Uma força-tarefa da Segurança Pública do estado conseguiu prender, no dia 7 de janeiro, os suspeitos Eurico Mendes do Nascimento,de 36 anos, Michael Douglas Vieira Pinheiro, 25, João Vitor Ferreira Silva, 34, e José Valdemis Viana, de 40 anos, conhecido como Rambo. Logo depois, mais dois suspeitos foram presos, entre eles, uma mulher.

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