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Estudante de Brasília de 17 anos passa em 4 vestibulares de medicina

Para calouro, é preciso estudar constantemente, mas também descansar.
Apoio de pais e amigos foi fundamental, diz; rapaz escolheu cursar a USP.

Luciana AmaralDo G1 DF
O brasiliense Gabriel Ramalho foi aprovado em quatro vestibulares de Medicina no país  (Foto: Luciana Amaral/G1)O brasiliense Gabriel Ramalho foi aprovado em
quatro vestibulares de Medicina no país
(Foto: Luciana Amaral/G1)
Estudar muito, mas sem deixar de sair com os amigos e descansar. Essa é a receita do brasiliense Gabriel Ramalho, de 17 anos recém-completados, que passou em quatro diferentes vestibulares para medicina.
"Não adianta só estudar. Tem que descansar e se manter bem. Tem de se respeitar. Não é só a quantidade que importa, mas também a qualidade. Eu tentava aprender aos poucos e usar o ano inteiro para os estudos."
O estudante do Colégio Militar de Brasília, noDistrito Federal, desde o 6º ano do ensino fundamental, foi aprovado para o curso na Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e na Faculdade Método de São Paulo (Famesp).
Ramalho ia prestar o vestibular para a Universidade de Brasília (UnB), porém desistiu ao ver que a data da prova coincidia com a segunda fase da UFU. Aos 15 anos, no 1º ano do Ensino Médio, o garoto também passou para Medicina em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
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A escolhida foi a USP, no campus de Ribeirão Preto. Para o calouro, o conjunto das oportunidades oferecidas pela universidade foi fundamental na escolha.
"Ela é muito boa e tem estrutura. Agora, o conjunto mesmo é que foi fundamental: as oportunidades na graduação, o renome, o incentivo à pesquisa e o reconhecimento internacional", afirmou. "Além disso, já pensava em sair de Brasília."
Gabriel Ramalho (centro) estudava no Colégio Militar de Brasília desde o 6º ano do ensino fundamental (Foto: Gabriel Ramalho/Arquivo Pessoal)Gabriel Ramalho (centro) estudava no Colégio Militar de Brasília desde o 6º ano do ensino fundamental (Foto: Gabriel Ramalho/Arquivo Pessoal)
Rotina
O estudante, além de ir às aulas regulares, fez cursinho preparatório de vestibular desde o 1º ano do Ensino Médio. "Eram as aulas no colégio, cinco horas de aula no cursinho mais outras cinco em casa, em geral. Não seguia um cronograma específico", revela.

No 2º semestre do 3º ano, optou por sair do Colégio Militar e fazer apenas o cursinho pré-vestibular, possível para alunos da instituição.
O calouro com uniforme do Colégio Militar de Brasília no Ensino Médio (Foto: Gabriel Ramalho/Arquivo Pessoal)
O calouro com uniforme do Colégio Militar de
Brasília no Ensino Médio
(Foto: Gabriel Ramalho/Arquivo Pessoal)
Um aspecto importante para o sucesso nos vestibulares, segundo o adolescente, foi estudar com constância. "Sempre gostei de estudar e de deixar as matérias em dia. Eu prestava atenção nas aulas, mas também conversava."
O hábito de criança de ler e escrever continuou firme durante a preparação. Nos últimos meses do ano passado, escrevia duas redações por semana.
Na véspera dos testes, nada de ansiedade. "Nunca ficava ansioso. Eu dava uma revisada, olhava os livros. Se me sentia cansado, eu deixava. O que você estuda na noite anterior não determina o seu desempenho."
Para relaxar, atividades típicas de um rapaz de 17 anos:  televisão, cinema, internet e shopping com os amigos.
Medicina
A escolha por cursar Medicina foi consolidada ao longo do tempo. Além de gostar de Química, Biologia e Geografia, Ramalho queria ajudar as pessoas. "Acho interessante e ajuda as pessoas. É mais humano. Gosto muito de clínica, ter contato com o paciente e conversar"

A opinião de profissionais do setor também ajudou na seleção do curso. "Conversei com alguns médicos. Tenho um primo na área. A mãe de uma amiga me falou do dia a dia."
No colégio, o calouro ainda participou do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Farmácia. Outra experiência que motivou Ramalho a fazer Medicina foi uma visita ao Hospital Universitário de Brasília (HUB), da UnB, em 2013.
Para Ramalho, apoio dos pais foi fundamental para ser bem sucedido nos vestibulares (Foto: Luciana Amaral/G1)Para Ramalho, apoio dos pais foi fundamental para ser bem sucedido nos vestibulares (Foto: Luciana Amaral/G1)
Apoio
O apoio dos pais e dos amigos na caminhada rumo aos vestibulares foi fundamental para o sucesso, segundo Ramalho. "Quando você está meio para baixo, às vezes uma mensagem e o que te falam te ajuda. Ter amizades é muito importante. Se a pessoa tem uma religião, tem que colocar Deus acima de tudo. Depois tem que dar satisfação aos pais."

 O pai de Ramalho e professor universitário, Wellington de Jesus, afirma que o filho é um orgulho para a família e que a educação é a maior herança que se pode deixar.
"Nossa origem é muito humilde. Estamos muito felizes e orgulhosos. Compreendo que a educação pode mudar a vida das pessoas. É a maior herança que deixamos para ele."
A mãe do novo universitário e professora do gDF, Mariel Adecir, sempre acompanhava e ensinava o filho. Assim, ele começou a ler aos 3 anos e, aos 4, ficou por um tempo na classe de altas habilidades. Entretanto, Mariel DIZ que Ramalho teve uma vida normal. "A gente ajuda com o que dá. Depois, a escolha é dele."
Amigos de Ramalho, também aprovados em vestibulares, foram peças importantes na busca de apoio e diversão  (Foto: Luciana Amaral/G1)Amigos de Ramalho, também aprovados em vestibulares, foram peças importantes na busca de apoio e diversão (Foto: Luciana Amaral/G1)
Os amigos, como para todo adolescente, foram peças-chave para apoiar uns aos outros, estimular os estudos e descansar.  
Ana Beatriz Anchieta, de 17 anos, que passou para Medicina na Universidade Federal de Goiás (UFG), diz que, com os amigos, percebia que "não era só você que estava passando por aquela fase" de tanta pressão.
Já Lucas Bezerra, também de 17 anos, começou Direito no segundo semestre de 2014 e decidiu fazer História ao mesmo temnpo neste ano.

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