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O que a presidente Dilma deixou no Acre?

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Um balanço sobre a passagem inédita
Finalmente, a presidente Dilma veio ao Acre. Para compromissos exclusivamente no Estado, essa foi a primeira agenda em cinco anos de mandato. Falando-se em cifras, a presidente não deixará muitas saudades.
O que é algo incomum: um Estado com cidades em calamidade pública e não se falar de dinheiro. Na prática, antes de vir ao Acre, o que a presidente Dilma fez publicar no Diário Oficial da União foi o socorro para ações emergenciais no valor de R$ 5,8 milhões para os municípios de Rio Branco, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Sena Madureira, Assis Brasil. Ponto. É claro que as 966 casas (ou 967: nunca se chega a um número exato) e "kits humanitários"  têm um custo. É dinheiro concretizado de outra forma. Sem dúvida.
Circulou a informação de que haveria liberação de R$ 70 milhões, mas isso deve ter estancado na mesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O que chama atenção é que a ausência de valores monetários nessa hora tão sofrida acaba expondo o cenário de crise pelo qual a economia brasileira passa. No mais, a visita da presidente foi válida pela simbologia.
A passagem pela Acre também serviu para demonstrar a blindagem construída pelo Partido dos Trabalhadores para preservar a imagem de uma mulher que agoniza em meio à crise. O ministério da Articulação Institucional não consegue diálogo com o Congresso.
O remédio foi ampliar o “núcleo duro” ligado à articulação política (até ontem limitado ao ministro da Casa Civil, Aloísio Mercadante) para outros partidos como o PCdoB e PSD.
Dilma Rousseff sente que o momento é delicado e que ela está fragilizada politicamente. “Agendas positivas” como as que foram planejadas no Acre são exceção em meio à rotina brasiliense. Para que essa “tranquilidade” fosse real, houve esforço incomum.
Desde os tempos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que uma agenda presidencial não era cercada de tanta segurança. No local onde ocorreu o evento de inauguração de casas populares do Minha Casa Minha Vida, foi instalado um detector de metais.
A mobilização para garantir quórum no evento com a presidente foi grande no Governo do Acre. Cada cargo comissionado de algumas secretarias tinha que garantir a presença de pelo menos cinco convidados. “Foi uma sugestão dada pelo secretário”, disse uma ocupante de cargo em comissão.
Deu resultado: o local ficou lotado, junto com famílias de desabrigados e um grupo de haitianos que também acompanhou a cerimônia.
http://www.agazeta.net/politica/8285-o-que-a-presidente-dilma-deixou-no-acre

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