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Diretor guarda armas, como facas e até martelo achados com alunos em escola no

Na última quarta-feira, estudante foi esfaqueado por colega de sala.
'Para cada coisa que consigo pegar, 10 eu não vi', diz diretor de escola. 

Yuri MarcelDo G1 AC
Diretor mostra itens encontrados com alunos dentro de escola, em Rio Branco (Foto: Yuri Marcel/G1)Diretor mostra itens encontrados com alunos dentro de escola, em Rio Branco (Foto: Yuri Marcel/G1)
Medalha de prata na etapa nacional das Olimpíadas Brasileiras de Língua Portuguesa, em 2014, a Escola Estadual Edilson Façanha, localizada no Bairro Calafate, periferia de Rio Branco, foi palco de feito menos agradável. Na noite da última quarta-feira (15), uma confusão entre três estudantes do Ensino de Jovens e Adultos terminou com um deles sendo esfaqueado.
De acordo com o diretor do colégio, Valdemir Nicácio, a vítima da facada, de 18 anos, teria momentos antes atingido um outro aluno, também de 18 anos, com uma cadeira. Os dois teriam uma rixa, já que o segundo é o atual namorado da ex-namorada do primeiro. Depois dessa primeira agressão, o irmão, de 16 anos, do agredido teria então esfaqueado o primeiro jovem, em retaliação.


Os três deixaram o colégio minutos depois, antes que a polícia ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pudessem ser chamados. As câmeras de vigilância do local registraram a fuga. Segundo Nicácio, a direção da escola já solicitou a expulsão dos três como medida punitiva, no entanto, ele salienta o problema da violência na região é maior que a administração.


O diretor enfatiza que essa é a primeira vez, nos dois em que ele administra a escola, que uma situação como essa ocorre. Porém, em uma gaveta ele guarda estiletes, facas de diversos tamanhos, canivetes, armas artesanais e até mesmo um martelo. Todos teriam sido encontrados com alunos.
Jovem que teria esfaqueado colega é foi flagrado por câmeras de segurança quando deixava o colégio momentos após agressão (Foto: Yuri Marcel/G1)
Jovem que teria esfaqueado colega foi flagrado
por câmeras de segurança quando deixava o
colégio momentos após agressão
(Foto: Yuri Marcel/G1)
"Não podemos revistá-los, mas quando a gente suspeita que algum aluno traz algo que não deve para a escola eu o chamo na minha sala e digo que vou chamar a polícia. É aí que encontro essas coisas. Mas para cada coisa que consigo pegar, 10 eu não vi", explica.


O diretor diz ainda que falta uma atenção maior dos pais com os filhos. "Sabe quantos pais vem ao colégio atrás desse material? Nenhum. Toda vez que ligamos para os pais e pedimos que venham ao colégio a frase que mais escuto é: estou trabalhando professor", lamenta.


Nicácio ressalta que o tráfico e o uso de drogas são outra ameaça para a comunidade escolar. "Não é segredo para a sociedade que o elemento entorpecente é um desaglutinador geral. Quando junto na mesma escola dois grupos diferentes, já tenho o primeiro caminho para a confusão ser formada e isso não tenho como resolver porque o espaço da comunidade é a escola", enfatiza.


O diretor acredita que é preciso que as autoridades se façam presentes para que a situação seja controlada. "Talvez o que falta é que a polícia se faça ser vista aqui dentro e que a comunidade tenha outros olhos para a escola", finaliza.

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