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Casos de exploração sexual crescem quase 80% em Cruzeiro do Sul

Dados são da Delegacia de Apoio à Mulher e à Criança na cidade. 
Em 2013, foram 27 casos contra 48 em 2014, segundo levantamento.

Adelcimar CarvalhoDo G1 AC

delegada responsável pela Delegacia Especializada no Atendimento a Mulher e ao Menor, Carla Ívane de Brito (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)delegada responsável pela Delegacia Especializada
no Atendimento a Mulher e ao Menor, Carla Ívane
de Brito (Foto: Adelcimar Carvalho/G1)
Os casos de exploração sexual aumentaram 77% em Cruzeiro do Sul, município distante 468 quilômetros da capital, segundo dados registrados na Delegacia de Apoio à Mulher e à Criança na cidade. Em 2013, foram registrados na delegacia 27 casos, três de estupro, 21 de estupro de vulnerável e três de exploração sexual. Em 2014, foram registrados 48 casos, sendo seis de estupro, 41 de estupro de vulnerável e um de exploração sexual. Em 2015, até o mês de abril, 19 casos já foram registrados na delegacia, sendo dois de estupro e 17 de estupro de vulnerável.    
Para a Delegada Carla Ívine, os números são considerados altos. Ela ressalta que é importante que sejam realizadas mais campanhas de conscientização no município. “As pessoas precisam deixar de acreditar que uma menina após a primeira menstruação está pronta para ser parceira sexual de alguém. Nós só vamos ter sucesso nessa luta, com a junção de toda a sociedade. Esta é uma situação muito grave, que traz vários problemas negativos às vítimas e seus familiares”, ressalta.
Carla disse ainda que existem famílias que acham que às vezes permitem a convivência sexual de suas filhas para se livrar das despesas. Mas, a delegada enfatiza que a iniciação sexual precoce é muito grave, pois, na maioria das vezes, essas meninas não estão prontas para viver o futuro que as espera. “Temos muitos casos de crianças cuidando de outras crianças”, lamenta.
A delegada explicou que muitos casos de estupro de menores de 14 anos só chegam a delegacia através de notificação da maternidade após as meninas terem bebê. “Até então, essas meninas viveram maritalmente com alguém, com o consentimento das famílias sem que ninguém da família ou vizinhos tivessem denunciado os casos”
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