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No Bujari-Ac: homem é suspeito de matar, esquartejar e queimar amigo

'Ele passava a mão nas minhas filhas', diz suspeito. 
Partes do corpo foram encontradas em terreno da vítima.

Aline NascimentoDo G1 AC
Vítima teve o corpo esquartejado e queimado (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Vítima teve o corpo esquartejado e queimado (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
A Polícia Civil apresentou, na manhã desta quinta-feira (20), José das Neves, de 43 anos, suspeito de matar a facadas Heroclito Branco, de 51, e depois usar gasolina para queimar o corpo. De acordo com a polícia, o corpo da vítima foi encontrado na terça-feira (18) no Ramal da Espinhara, na BR-364, no Acre. Durante a apresentação na delegacia de Bujari, município acreano a 22 km de Rio Branco, o suspeito confessou o crime e disse que a vítima assediava suas filhas - crianças de 1, 3 e 9 anos.
A polícia divulgou um vídeo no qual o suspeito mostra o local em que enterrou alguns membros de Branco, os outros foram espalhados em corvas espalhadas pelo terreno da vítima. De acordo com a polícia, na sexta-feira (14), Neves matou o amigo e ateou fogo para que não fosse descoberto.
"Cheguei cansado em casa, quando saí da casa de farinha onde trabalho, vi que ele passou a mão na bunda da minha mulher, mas tentei ficar calmo. Depois passou a mão na vagina da minha enteada, aí não aguentei. A intenção não era matar, mas na hora da raiva a gente faz coisas de cabeça quente", diz Neves.
Ele conta que vivia em um mesmo terreno com a vítima. Condenado por dois homicídios anteriores, Neves estava cumprindo pena no regime semiaberto. Ele diz que conhecia a vítima e moravam juntos, pois, segundo ele, Branco teria doado um pedaço de terra para a enteada de 9 anos. 
 A esposa do suspeito, Vangleia da Silva, 26 anos, alega que o seu marido ficou irritado e diz que a vítima sempre assediava suas filhas. "Quando a gente não estava em casa, ele passava a mão nas minhas filhas. Já chegou a mexer comigo também, mas sempre quis deixar pra lá porque sabia que meu marido podia fazer uma besteira", alega.
Ela diz ainda que não procurou a polícia por achar que não teria provas suficientes. Após ter cometido o crime, o marido teria lhe confessado os passos da ação."Foi para defender a família. Ele disse que tinha matado e queimado o corpo", diz.
A irmã da vítima, Maria Sombra, diz que Branco nunca teve problemas com a justiça. "Isso dele molestar as meninas é mentira, ele nunca teve nada registrado na polícia. Isso que fizeram com meu irmão foi uma covardia, ele era deficiente, tinha 1,40 m e pesava 45 quilos. Completamente indefeso", lamenta.
Maria diz que o irmão morava nas terras há pouco mais de 20 anos e que os vizinhos que a avisaram do desaparecimento de Branco. "Diziam que esse cidadão era de alta periculosidade, mas eu nunca o tinha visto com meu irmão", garante.
O delegado responsável pelo caso, José Augusto Fernandes, disse que a polícia teve certeza do homicídio através de investigações e denúncias anônimas. A Polícia Civil também não descarta que o crime tenha sido motivado com a intenção da família do suspeito ficar com as terras da vítima. Mas, Neves nega.
"A investigação estava em andamento e vamos ouvir todas as vertentes que tornam as versões verdadeiras. Mas, não temos nenhuma ocorrência envolvendo a vítima com assédio moral", explica.
Neves diz que vítima assediava suas filhas  (Foto: Aline Nascimento/G1)Neves diz que vítima assediava suas filhas (Foto: Aline Nascimento/G1)

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