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Governo do Acre cancela concurso para substituir professores grevistas

Secretário de Educação diz que 97% das escolas voltaram a funcionar.
Sinteac rebate e afirma que 30% das escolas continuam de greve.

Do G1 AC
Secretário Marcos Brandão anunciou corte de salário para os servidores da Educação que estão em greve (Foto: Quésia Melo/G1)Secretário Marcos Brandão anunciou cancelamento
do concurso emergencial (Foto: Quésia Melo/G1)
O secretário de Educação do Acre, Marco Antonio Brandão, anunciou, nesta terça-feira (11), que o concurso emergencial para substituição de professores provisórios, que aderiram à greve da Educação, foi cancelado pelo governo. Segundo ele, a medida foi tomada porque 97% das escolas públicas da capital e do interior já teriam reiniciado suas aulas.


"O levantamento prévio que fizemos com o retorno dos professores aponta que não teremos concurso para professores provisórios, mesmo porque ainda temos banco de reserva do último processo seletivo realizado", afirma o secretário, que diz que os dados foram coletados pela equipe de gestão da secretaria que acompanha diretamente as escolas.



Sinteac contesta

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, rebate os dados divulgados pelo secretário. Segundo ela, 30% das escolas continuam em greve.
Rosana afirma que o que estaria acontecendo é o retorno de alguns professores provisórios que manifestaram interesse em voltar ao trabalho. A presidente destaca ainda que isso não significa que as escolas estejam funcionando em sua totalidade.


"Eles sempre mantêm essa mentira, essa porcentagem é uma inverdade. Os professores provisórios estão aterrorizados e ainda são poucos na greve, mas até agora as escolas que estão na greve se mantêm nela. Três professores com dez alunos em sala de aula, para nós isso não é retorno de greve", disse a presidente.



No último dia 7 de agosto, depois que os servidores da Educação rejeitaram a nova proposta do governo, Brandão anunciou que o executivo faria um processo seletivo emergencial para substituir os professores provisórios em greve e que faria uma notificação nas fichas profissionais dos professores em estágio probatório.



Entenda o caso

Desde o dia 17 de junho, professores e funcionários de escolas, vinculados ao Sinteac, decidiram entrar em greve no Acre. Os educadores ligados ao Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre) aderiram à paralisação no dia 19 do mesmo mês.
A categoria, como um todo, reivindica 25% de reajuste salarial, pagamento do Programa de Valorização Profissional (VDP) e do piso nacional para os outros servidores de escola. Além disso, quer um aumento de 20% sobre o piso e realização de concurso público para cargos efetivos.
No dia 27 de julho, o governo anunciou o corte no salários dos professores que estivesse aderido a greve. De acordo com Brandão, a medida foi tomada com base na lei, e motivada porque o movimento "radicalizou".
Logo em seguida, no dia 7 de agosto, sem a greve ter fim, o governo anunciou um concurso emergencial para substituir os professores em greve. O secretário de Educação disse que a medida era uma forma dos alunos não perderem o ano letivo.

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