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Fábrica cria refrigerante de açaí e vende cerca de 20 mil litros por mês

O produto custa R$ 4,50 nos mercados de Cruzeiro do Sul.
'Um apego que as pessoas têm com os produtos da terra', diz empresário.

Anny BarbosaDo G1 AC

Empresário diz que apostou no diferencial e nos produtos da terra  (Foto: Anny Barbosa/G1)Empresário diz que apostou no diferencial e nos produtos da terra (Foto: Anny Barbosa/G1)
Inovar foi o objetivo do empresário Francisco Júnior, dono de uma fábrica de refrigerantes que resolveu agregar aos seus produtos um sabor tipicamente do Norte: o açaí. Conhecido pelo sabor e preferência dos moradores de Cruzeiro do Sul, o refrigerante está chamando atenção e agradando os clientes.
Com a família há 20 anos a frente da fábrica, Júnior conta que participou de muitas feiras de refrigerantes e em nenhuma tinha nada relacionado ao açaí. Ele então teve a ideia de fazer guaraná com açaí e a receita está fazendo sucesso na região.
“É um produto relativamente novo, estamos com ele há menos de um ano. A minha ideia era realizar um teste, que acabou dando super certo”, comemora.
O empresário diz que não sabia qual seria aceitação do guaraná com açaí no mercado. Ele explica que o guaraná é colhido em Cruzeiro do Sul e enviado para Manaus, onde uma empresa especializada faz a estratificação e manda de volta para a fábrica.
Fábrica comercializa cerca de 20 mil litros do produto no Vale do Jurá (Foto: Anny Barbosa/G1)Fábrica comercializa cerca de 20 mil litros do produto no Vale do Jurá (Foto: Anny Barbosa/G1)
“Nós entramos em contato com a empresa que fazia a estratificação para a fábrica e demos a ideia. Começamos a pedir mistura do extrato de açaí com guaraná e eles fizeram a estratificação para nós, aqui misturamos com a nossa formulação do guaraná cruzeirense”, conta.
Júnior conta que, em relação ao guaraná tradicional, a comercialização do guaraná misturado com açaí ainda está baixa. Cerca de 20 mil litros por mês do refrigerante são comercializados no Vale do Juruá.
“Acreditamos que a procura vai se elevar bastante nos próximos meses”, ressalta otimista.
Ele também comemora que o novo sabor do produto tem chamado atenção também de alguns empresários da capital.“Agora em Rio Branco teve uma demanda maior do que esperávamos. É uma questão cultural, um apego que as pessoas têm com os produtos da terra”, conta.
Guaraná é colhido em Cruzeiro do Sul e mandado para Manaus (Foto: Anny Barbosa/G1)Guaraná é colhido em Cruzeiro do Sul e mandado para Manaus (Foto: Anny Barbosa/G1)
Da plantação à venda
A plantação de guaraná da família está localizada em um ramal da cidade. São 11 hectares de plantação, sendo produzido cerca de 4 toneladas de grãos para a fábrica. Além disso, são compradas mais de 15 tonelada por ano para abastecer a produção de refrigerantes.
Segundo ele, a plantação só floresce uma vez por ano, do mês de outubro até dezembro, que são os três meses da colheita do fruto.

Depois disso, os grãos são torrados e enviados para a Manaus, onde ocorre uma estratificação do fruto e é enviado de volta para Cruzeiro do Sul. Na fábrica, é unido com a mistura que a família desenvolve há mais de 20 anos.
Com a mistura pronta, chega a fase final onde o refrigerante é rotulado e está pronto para a comercialização em Cruzeiro do Sul, Rodrigues AlvesMâncio Lima e demais municípios do Vale do Juruá, além da capital do estado, Rio Branco.
O produto custa R$ 4,50 nos mercados de Cruzeiro do Sul (Foto: Anny Barbosa/G1)O produto custa R$ 4,50 nos mercados de Cruzeiro do Sul (Foto: Anny Barbosa/G1)

 

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