Professor se amordaça em protesto após direção não aceitá-lo em instituição
Na manhã de quinta-feira (08) os alunos da escola Dom Henrique Ruth, em Cruzeiro do Sul (AC), iniciaram uma manifestação após a direção da escola devolver o professor de física Emerson Aguiar Corsine, à Secretaria de educação do estado. Os estudantes saíram em defesa do professor, que se amordaçou em frente à escola pedindo justiça.
Os estudantes consideram o afastamento injusto, eles acreditam que a medida foi tomada depois que Emerson manifestou ideias que confrontaram a direção, em relação a uma feira de ciências. O professor admite que durante uma reunião com os estudantes relatou que não era possível executar a feira no prazo dado pela direção, mas disse que a direção já havia o advertido por outros motivos.
“A feira de ciências é um momento que podemos envolver toda comunidade, e os alunos só ficaram sabendo dessa feira um mês antes de acontecer, e durante uma reunião eu questionei a possibilidade de fazer em outra data, e desde então a direção da escola me acusa que eu não estava participando de reuniões e nem fazendo planejamentos”, falou o professor.
Na manhã desta sexta-feira (09) foi feita uma nova manifestação em frente à escola. Com cartazes e faixas, os estudantes pediram justiça e chamaram o diretor de ditador.
Durante a manifestação, o diretor Jair de Sousa esteve em reunião com o grêmio estudantil. Para ele, os alunos se equivocaram por não saber o verdadeiro motivo do afastamento. Ele garante que o profissional já havia sido advertido diversas vezes pelo conselho estudantil por chegar atrasado, não fazer os planejamentos, e ainda se ausentar das aulas sem esclarecimentos.
“Desde o inicio do ano esse servidor vem dando problema para instituição. Ele rotineiramente chega atrasado, se ausenta sem justificativa, dando prejuízo ao andamento de nossas atividades normais. Na educação somos obrigados a planejar, e ele não planeja suas aulas”, relatou o diretor.
A presidente do Conselho estudantil, Raíssa Negreiros, também nega que a feira de ciências tenha sido o motivo pela devolução. O coordenador do núcleo de educação do estado, Charles André, dá o posicionamento da Secretaria sobre o assunto.
“Lamentamos muito que isso tenha ocorrido na escola, mas também observei a manifestação do professor e dos alunos que tem um sentimento favorável, mas a secretaria não vai olhar o lado sentimental, vai observar os lados reais, e a partir daí podemos acatar a devolução do profissional, ou não, e se sim iremos buscar uma nova lotação, e na hipótese de não ter nenhum local para lotação será a demissão”, enfatizou.
Com informações de Mona Moura
juruaonline
