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Fraudes lideradas por prefeitos do AC chegaram a R$ 2 milhões, diz PF

Prefeito de Bujari está foragido; PF faz buscas por Ramos na cidade. 
Segunda fase da Operação Labor terminou com dois prefeitos presos.

Iryá RodriguesDo G1 AC

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Resultados da 2ª fase da Operação Labor foram divulgados nesta quarta (14) em coletiva na Polícia Federal (Foto: Iryá Rodrigues/G1)Resultados da 2ª fase da Operação Labor foram divulgados nesta quarta (14) em coletiva na Polícia Federal (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
O esquema de fraude em licitações públicas nas três cidades do Acre, Bujari, Plácido de Castro e Santa Rosa, deu um rombo aos cofres públicos de R$ 2 milhões, segundo informou a Polícia Federal (PF-AC) durante coletiva em Rio Branco. Nesta quarta-feira (14), foi deflagrada a segunda fase da Operação Labor, que investiga uma organização criminosa acusada de fraudar licitações.
Os prefeitos de Plácido de Castro, Roney Firmino, e o de Santa Rosa, Rivelino Mota, foram presos pela operação nesta quarta. Raimundo Ramos, da cidade de Bujari, está foragido. Os dois presos serão levados para o Instituo Médico Legal (IML) e depois devem permanecer presos na sede da Polícia Federal em Rio Branco.
A assessoria do Bujari e o advogado de defesa de Santa Rosa informaram ao G1 que devem se posicionar posteriormente sobre o caso. O advogado do prefeito de Plácido de Castro, Júnior Feitosa, disse que ainda está se inteirando do assunto.
O delegado da PF e coordenador da operação, Frederico Ferreira, informa ainda que três empresas estavam envolvidas no esquema e detalha como era o esquema fraudulento nas três cidades do Acre.
"Os prefeitos eram o vértice hierárquico da organização criminosa. Querendo desviar o dinheiro público, encontravam um empresário disposto a emitir notas superfaturadas. Fazia um acordo prévio com esse empresário, levava esse acordo para o pregoeiro, que, juntamente com o prefeito e empresário, forjavam um processo de licitação", explica.
Durante a execução, eram expedidas notas fiscais de serviços que não eram prestados e o dinheiro da suposta licitude era entregue em espécie aos prefeitos das três cidades.
"Identificamos também movimentações bancárias, usando um preposto que movimentava o dinheiro para uma pessoa indicada pelo prefeito, para esposas ou até mesmo o próprio prefeito. Teve caso de transferência de R$ 30 mil para um dos prefeitos. Essa dinâmica era aplicada", pontuou.
O montante do desvio, segundo Ferreira, foi estabelecido através das notas fiscais que a PF conseguiu ter acesso. O delegado diz ainda que o idealizador de todo o esquema foi o prefeito de Plácido de Castro, Roney Firmino. Ele alega que está esperando quebra de sigilo da Justiça para divulgar todas as provas da operação.
As fraudes eram praticadas em diferentes secretarias do município, segundo o delegado. Os prefeitos presos devem responder por peculato, falsidade ideológica,organização criminosas e lavagem de dinheiro.
Operação Labor
A operação da Polícia Federal iniciou no dia 12 de julho deste ano e cumpriu 12 mandados judiciais – quatro de conduções coercitivas, quatro de busca e apreensão, e outros quatro de prisão.

São apurados também os crimes de associação criminosa e ainda frustração de direitos trabalhistas. As investigações mostraram um suposto acordo entre empresários, com quatro CNPJ’s, que simulavam uma concorrência em processos de licitação para contratar com o poder público. Tais contratos em todas as esferas teriam ultrapassado os R$ 12 milhões.
A polícia informou que as empresas costumavam cancelar contratos com o poder público quando juntavam uma determinada quantidade de ações trabalhistas. A ideia seria evitar o bloqueio de recursos, o que causava prejuízo aos funcionários. Em seguida, as empresas eram fechadas, gerando também problemas aos trabalhadores.
Prefitos de Santa Rosa, Rivelino Mota; Plácido de Castro, Roney Firmino foram presos e Raimundo Ramos, do Bujari está sendo procurado  (Foto: Arte/G1)Prefitos de Santa Rosa, Rivelino Mota; Plácido de Castro, Roney Firmino foram presos e Raimundo Ramos, do Bujari está sendo procurado (Foto: Arte/G1)

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