Site Cultural de Feijó

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Após notícia de contaminação com barbeiro, venda do açaí no mercado local cai em até 70%

A venda do açaí no mercado local apresentou queda de até 70% após a notícia de contaminação do fruto com o protozoário Tripanosoma Cruzy, causador da Doença de Chagas. As informações veiculadas há três semanas na imprensa local basearam-se em uma nota da Secretaria de Saúde que confirmou que a partir de exames feitos com cinco amostras de açaí do município de Feijó foram encontrados DNA de barbeiro em 100% do material coletado.
O comerciante Genival Antônio de Souza Rebouças, proprietário da Casa do Açaí, no bairro Cadeia Velha, diz que antes dessa notícia ele vendia cerca de 300 litros por dia, hoje não comercializa mais que 50, embora siga todo processo de higienização recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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“Caiu bastante a venda, você não imagina. As pessoas comentam que não comprar mais por causa da Doença de Chagas. E é porque eu faço toda higiene aqui na minha empresa.”
Seu Genival submete o açaí produzido em seu estabelecimento ao processo de pasteurização, que é expor o produto a uma temperatura inferior a seu ponto de ebulição e em seguida a um resfriamento súbito. Isso ajuda a eliminar qualquer microorganismo.
No Mercado Elias Mansour e em seus arredores a reclamação é geral por causa da queda nas vendas. Wellinton Alaim, que vendia 50 litros, hoje vende 20. O comerciante afirma que sempre teve o cuidado de encomendar o produto de estabelecimentos “confiáveis” que seguem os padrões da Anvisa, mesmo assim a desconfiança do cliente persiste.
“Nós trabalhávamos com o açaí de Feijó paramos de pedir de lá depois dessa informação. Mas a gente continua trabalhando com o açaí de Boca do Acre, de Plácido. E a gente tem procurado comprar de pessoas que trabalha dentro dos padrões da vigilância, que tenham a certificação, que trabalha numa cozinha industrializada, que tenha um equipamento que é necessário pra Anvisa.”
As investigações, feitas pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre, foram feitas após 13 pessoas da mesma família serem diagnosticadas com doença de Chagas no município de Feijó.
ac24horas

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