INSS no Acre tem prejuízo estimado em R$ 460 milhões
Instituto fazia pagamento para pessoas mortas
O INSS identificou prejuízo estimado em mais de R$ 460 milhões, referentes a pessoas mortas há mais de 12 anos e que ainda recebiam benefícios. Falhas nos bancos seria o motivo do rombo.
De acordo com levantamento da Controladoria Geral da União (CGU), entre janeiro e agosto do ano passado, 1.256 pessoas que foram oficialmente registradas como mortas, desde o ano de 2005, continuaram sacando os benefícios do INSS normalmente.
Além desses casos, o balanço apontou quase 100 mil exemplos de pagamentos feitos direto na conta corrente para pessoas mortas. O prejuízo estimado é de R$ 460 milhões.
Além desses casos, o balanço apontou quase 100 mil exemplos de pagamentos feitos direto na conta corrente para pessoas mortas. O prejuízo estimado é de R$ 460 milhões.
A CGU e o Ministério da Transparência identificaram que o INSS tem dificuldade em recuperar junto aos bancos os valores pagos indevidamente. Até agora, apenas R$ 119 milhões foram devolvidos. Segundo a CGU, o problema é causado principalmente por que os bancos resistem em atender solicitações do INSS.
De acordo com o superintendente da Controladoria Regional da União no Acre, Ciro Oliveira, não há dados do levantamento no estado. A superintendência também não participou diretamente no levantamento feito nas agências do INSS do Acre.
Por telefone o gerente do INSS no Acre, Elias Evangelista, informou que as agências do Estado estão fazendo uma revisão. De acordo com ele, desde o início do ano os beneficiários estão sendo chamados para comprovar que estão vivos.
Enquanto isso, muitos que estão vivos, não conseguem se aposentar.
Enquanto isso, muitos que estão vivos, não conseguem se aposentar.
"Isso é um absurdo, uma sacanagem grande. E um pobre que nem eu não pode se aposentar pra ficar ganhando uma merreca", reclama o idoso Ditamar Conceição da Silva, que ainda luta para conseguir a aposentadoria como produtor rural.