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Homens executados com armas restritas da polícia eram trabalhadores, afirmam moradores da 6 de Agosto

Caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Criminosos estavam em duas motocicletas e interceptaram vítimas em via pública. Nenhum suspeito foi preso até o momento.
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Homens eram moradores do bairro e morreram em via pública/Fotos: cedidas
Paulo Sérgio da Silva Lima, 24 anos, e Márcio Antônio Ângelo da Silva, 32 anos, essa é a identificação oficial dos homens executados por volta das 6 horas e 15 minutos da manhã de quarta-feira (29), na rua principal do bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Cada vítima, foi atingida com mais de 12 disparos de pistola .40, armamento de uso restrito das forças de segurança. Os autores do duplo homicídio estavam em duas motocicletas.
Paulo Sérgio, havia acabado de sair de um supermercado onde tinha comprado pães para tomar café. O jovem ainda tentou correr, mas caiu na calçada de uma residência e foi alvejado pelos inúmeros tiros. Já Márcio Antônio, estava a caminho do trabalho quando foi interceptado e morto nas proximidades do Mercado Municipal da 6. A equipe da ambulância de suporte avançado do Samu foi acionada e atestou o óbito das vítimas.
A rua foi interditada por policiais do 2º Batalhão da Polícia Militar (2º BPM), e peritos do Instituto Médico Legal (IML) foram deslocados e após os procedimentos no local recolheram os corpos que foram levados à sede da instituição. Moradores do bairro relataram que tanto Paulo como Márcio, eram trabalhadores, não tinham envolvimento com o meio criminoso e podem ter sido mortos na tentativa de uma facção mostrar poder na área.
Populares se aglomeraram entorno à cena do crime/Foto: Marcos Dione
A reportagem da Folha do Acre esteve no local e conversou com o perito Thiago Martins, que integra a equipe do IML na capital. Ele confirmou que as armas usadas na ação eram de uso restrito, e informou ainda, que uma das vítimas foi morta com tiros a curta distância, e a outra a longa distância. Thiago também se mostrou preocupado com o fato dos homens serem trabalhadores e ao que tudo indica não serem criminosos.
“Conseguimos contabilizar mais de 12 tiros em cada um deles, a gente vai fazer a contagem melhor quando chegarmos na base do IML, mas pelo menos mais de 10 disparos cada um foi alvejado. Coletamos projéteis e cápsulas que é de .40 (Uso restrito), mas vamos ver se todos são do mesmo calibre. Esse local aqui não estava isolado, não conseguimos vestígios, já o outro local conseguimos coletar mais vestígios”, disse.
Entramos em contato com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, que informou que o caso está sendo investigado pelo delegado Cristiano Bastos, e que ele ainda não tinha informações a cerca do calibre das armas usadas no crime. Também não conseguimos informações se a instituição vai abrir algum procedimento para descobrir se as pistolas utilizadas pelos criminosos no ataque foram furtadas de algum agente.
Perito com saco plástico contendo projéteis e pertences de uma das vítimas/Foto: Marcos Dione

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