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Metade dos detentos no sistema penitenciário do Acre são jovens entre 18 e 24 anos; mostra levantamento

O desajustamento familiar é principal motivo para a geração de jovens delinquentes

Os detentos do sistema penitenciário do Acre são majoritariamente jovens, negros, pobres e de baixa escolaridade, aponta o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen), pelo Ministério da Justiça, metade dos 5.364 presos tem idade entre 18 e 24 anos.
O índice pode ser ainda maior, o levantamento conseguiu atingir apenas 49% dos encarcerados nos presídios do Acre. Quando a análise é feita na faixa etária até os 29 anos, o percentual atinge a casa dos 70%.
De acordo o levantamento, no Acre, Amazonas, Pará, Espírito Santos, Pernambuco e Sergipe, mais de 6 em cada 10 pessoas privadas de liberdade são jovens. O Estado governado por Tião Viana, do PT, é líder no ranking de presos negros: 95% da população carcerária pesquisada.
O levantamento também constatou que é muito baixo o grau de escolaridade da população prisional do Acre, 59% tem ensino fundamental incompleto. Com nível médio completo, apenas 6%, o mesmo total de analfabetos e alfabetizado sem cursos regulares.
Além de jovens, presos são negros e com baixa escolaridade, revela o estudo/Foto: Reprodução
De acordo com da Revista Brasileira de Ciências Criminais, o aumento da participação de adolescentes e até de crianças, como protagonistas nesse cenário cada vez mais emergente do crime, sinaliza para o desajustamento familiar como um principal motivo para a geração de jovens delinquentes.
“Ensinamentos distorcidos e todos os tipos de orientações danosas à sua formação social, com exemplos mostrados por indivíduos desajustados, amorais, delinquentes e de maus costumes, gerando o desajuste psicológico do menor, e levando-o, na maioria das vezes, ao caminho da delinquência,” diz o estudo.
Como exemplo prático da violência no seio familiar, neste fim de semana um crime bárbaro foi registrado na Comunidade Voz do Natal, em Porto Walter, interior do Acre. A dona de casa Zilmar Vieira Melo, de 59 anos, foi morta com tiro de espingarda pelo filho, José Benedito Melo, de 23 anos. Revoltado, o irmão de Melo, que não teve o nome divulgado, o matou a golpes de terçado e está foragido.
Esse acontecimento reforça a ideia de que as distorções psicológicas da família surgem como mola propulsora para o surgimento de jovens criminosos, é o que retrata o estudo da revista brasileira especializada em ciências criminais.

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